Sayid Amin Jarrah - BACKGROUND

Background: Sayid, Xiita, natural do Iraque cresceu em família islâmica tradicional em Baghdad. De uma infância conturbada e cheia de traumas lhe restaram poucas lembranças, nada agradáveis, das quais até os dias de hoje faz questão de tentar esquecer. Filho de um militar influente no país cresceu assistindo a brutalidade da guerra em sua casa todos os dias quando seu pai, violentava e batia em sua mãe e irmãs, porém jamais o tocava. Os períodos de conflitos e guerras eram os mais calmos na vida turbulenta do rapaz, quando Hassim (seu pai) passava longas temporadas viajando. Apesar de toda problemática Sayid resolveu seguir os passos do pai ingressando nas forças militares de seu país. O fato de integrar uma família rica nunca lhe concedeu vantagens já que seu superior e pai fazia questão de deixar tudo mais difícil. O relacionamento entre os dois estava longe de ser amigável, e por serem extremamente parecidos o clima de dispusta pairava no ar. No fundo a carreira que havia sido escolhida para Amin era a de médico e em todas reuniões de família Hassim fazia questão de lembrá-lo e verbalizar seu desgosto em relação a isso. Logo Sayid casou-se com Aliyyah, uma jovem de família rica e prestigiada, com quem teve 3 filhos. Em pouco tempo destacava-se como o melhor estrategista militar do país, recebendo condecorações e logo ocupava o cargo de confiança na inteligência militar. Os conflitos estavam se intensificando e Sayid agora era a cabeça pensante por trás disso tudo. Durante a Guerra do Golfo o general Hassim, dono de suas próprias idéias começava a não aceitar as estratégias do serviço de inteligência coordenado então por sayid. Tal decisão resultou na maior baixa da história do exército Iraquiano e por conseqüência a Guerra foi vencida pelos EUA. Perder não era algo comum para Sayid que começava a apresentar sinais de exaustão psicológica e depressão. Com a amarga derrota focou-se em conflitos menores, com extremistas de países vizinhos.Já no ano 2000, durante mais um dia de trabalho no centro de Bhagdad é informado de um susposto atentado num bairro vizinho. Durante o caminho vem a confirmação por rádio que o atentado havia ocorrido junto a uma mesquita freqüentado por sua esposa e filhos diariamente. O desespero logo toma conta do homem que toma a direção do carro e acelerava na mesma proporção que seus batimentos cardíacos aumentavam. Chegava ao local e via uma cena de destruição com pedaços de corpos espalhados por todos os lados e a trilha sonora de pessoas chorando e gemendo pelo chão. Tentava contato telefônico com sua casa, mas parecia inútil. Até que após alguns minutos procurando por entre os destroços encontrava um véu que sua esposa usava na manhã do ocorrido, aquele pedaço de pano lhe era inconfundível, podia sentir o cheiro de sua amada nele. Logo o pior pesadelo de Amin era confirmado, havia perdido sua esposa e dois filhos naquela tragédia. O sofrimento só lhe foi amenizado horas depois quando sua mãe desesperada apareceu no local com seu único filho homem, pois o menino havia ficado com ela para um passeio. E assim iniciava-se o inferno de Sayid que foi afastado do serviço de inteligência após ser constatado que, pelo trauma, havia adquirido distúrbios de personalidade que o deixam agressivo, mesmo em situações de baixo perigo. Afastado então da força militar, apegou-se a religião, fazendo contato com grupos extremistas e aplicando seus conhecimentos militares a favor de Alá. Trabalhava talvez 16 horas por dia escondido e apenas parava para ver seu amado filho. Até que em Janeiro de 2001, embarca para estudar Engenharia nos EUA deixando seu filho, de 18 anos, sobre a tutela da mãe no Iraque. A verdade é que Sayid estava envolvido com uma “grande causa”, a qual iria definitivamente tomar o poder das mãos dos ocidentais e vingar sua amarga derrota no Golfo. Foi então no dia que em 11/09/01 Sayid participa do maior atentados da história contra os EUA, seqüestrando com o auxílio de mais 9 terroristas o primeiro avião que chocou-se contra uma das torres do World Trade Center.

Morte após a Morte.

"Aos que acreditam em vida após a morte... ledo engano meu caro. O gritos eram irritantes, havíamos conseguido tomar o avião, e eu pessoalmente estripei os dois pilotos da aeronave, enquanto um assumiam o controle da aeronave e terminavam com os comissários. Todo aquele cenário de horror no rosto das centenas de “cidadãos” que em poucos minutos morreriam não me afetavam em absolutamente nada, estava cego. Apenas conseguia pensar nos planos de Alá, e na promessa de que meu filho cresceria debaixo de sua doutrina e proteção. O alvo estava próximo, alguns ocidentais inconvenientes tentavam nos impedir, mas um a um foram mortos. Finalmente me dirijo a cabine do piloto, e visualizo o alvo, imponente monstro de concreto que em segundos pretendíamos vencer por Alá. Me ajoelhei e a última coisa que fiz foi clamar para que me recebessem no paraíso de portas abertas. Até que... bem não me lembro de nada após isso. Ao abrir os olhos algumas criaturas disformes me lançavam a um rio de águas negras e borbulhantes, a ira que vinha acumulando em vida nos últimos anos, explodiu e como um selvagem começava a querer dilacerar e destroçar tudo que me cercava. Não havia tempo suficiente para raciocinar, não estava no Paraíso, mas onde estaria então? E quanto a Alá?...Tais reflexões eram impossíveis diante a dor massacrante da minha carne sendo dilacerada pelo mar de condenados raivosos que me cercavam... e durante anos fui massacrado, mutilado, rasgado...e de semelhante modo massacrei, mutilei e rasguei os milhares de corpos que me cercavam. Não havia pausa, não havia descanso, apenas ira e ódio... Vez ou outra os demônios lançavam armas novas para que a batalha perdurasse eternamente. Meu corpo já não existia, havia sido simplesmente dilacerado por completo, mas mesmo assim, minha carne podre e triturada insistia em sinalizar a dor que de maneira atordoante me fazia continuar a desferir golpes como um selvagem. Até que numa de suas visitas regulares um dos demônios que sempre me jogava armas novas me puxou do rio de águas negras e densas. Meu corpo foi restaurado e fui levado até sétimo circulo do inferno. Sim, pela primeira vez ouvia a palavra inferno, embora não fosse necessário muita inteligência para discernir onde estava. Após algumas horas de explicações sobre o que havia acontecido comigo, onde e quanto havia ficado, chegávamos até um bosque macabro com árvores negras e retorcidas, chamado bosque dos suicidas... Andei então algumas horas por entre os suícidas transformados em troncos retorcidos, cujo caule vertia o sangue negro causado por temíveis criaturas que os torturavam chamadas harpias. Após alguns minutos em silêncio o demônio falava que aquele seria meu destino eterno a partir daquele momento, contudo ele teria uma proposta...Fui levado então para a morada do Demônio responsável. O mesmo virou-se contra e mim e disse: “Temos uma proposta, você em vida foi um militar e líder da inteligência Iraquiana. Recentemente recebemos aqui no inferno 3 líderes importantes de lá, e é de nosso interesse manter o conflito com o ocidente, no momento precisamos de algum estrategista que mantenha a sombra do terror viva!... Minha proposta é que você volte para terra e restaure as forças armadas do Iraque, bem como as estratégias para novos rumores de guerra, para isso te darei algumas habilidades especiais! E se me agradar receberá mais poder!, em troca de tudo isso poderá ver seu filho, afinal ainda não tivemos o prazer de recebe-lo aqui no inferno. Por outro lado seu amado pai está aqui conosco também, talvez possamos enviar reforços no futuro, mas por enquanto basta você!... E então?... fará o pacto?" Não pensei duas vezes, precisava rever meu filho, a única coisa boa que me restava e ter a oportunidade de amenizar o castigo eterno me pareceram razoáveis para aceitar imediatamente...
Hoje... pacto feito, volto ao mundo como um enviado especial do inferno."